Sem Sentido

Noite quente

Uma névoa abraça o mar

Quase não se vê a lua

Que escondida deve estar

Nesta noite sem ser tua

Apenas o silêncio vem a cantar

Decepções são inevitáveis

E quase já não se espera

Improváveis amarguras

Da experiencia que carrega

Chega devagar

Coberto com sorriso envolvente

Se confia até o primeiro inconveniente

E depois já se solta para o ar

Não se apega facilmente

Receio mora no lar

Já passou alguns percalços

Como numa onda que quebra sem avisar

Imprevisível são os momentos

Difíceis serão os tormentos

E que vida não há amarguras?

Principalmente com as rupturas

Palavras as vezes são ditas

Sem qualquer intimidade

Verdadeiras ou não já foram soltas

Como balões sem rumos a tomar

Vida que segue, por todas as despedidas

A espreita permanece

Sem nem um sinal de crendice

Não sendo nem um pouco medíocre

As horas vão passando

E o cansaço vai despertando

Em segundos há de se envolver

Em sonhos sem enlouquecer

Um dia poderá seguir seu caminho

Sem rumo, ou proibições

E mesmo que não haja um ninho

Será alvo de interpretações

No vagar das letras se esconde

Sentindo apenas emoções

De uma poesia sem razão

Nem ao menos sabe se corresponde

Algum coração cheio de paixão

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 09/09/2019
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