Sem Sentido
Noite quente
Uma névoa abraça o mar
Quase não se vê a lua
Que escondida deve estar
Nesta noite sem ser tua
Apenas o silêncio vem a cantar
Decepções são inevitáveis
E quase já não se espera
Improváveis amarguras
Da experiencia que carrega
Chega devagar
Coberto com sorriso envolvente
Se confia até o primeiro inconveniente
E depois já se solta para o ar
Não se apega facilmente
Receio mora no lar
Já passou alguns percalços
Como numa onda que quebra sem avisar
Imprevisível são os momentos
Difíceis serão os tormentos
E que vida não há amarguras?
Principalmente com as rupturas
Palavras as vezes são ditas
Sem qualquer intimidade
Verdadeiras ou não já foram soltas
Como balões sem rumos a tomar
Vida que segue, por todas as despedidas
A espreita permanece
Sem nem um sinal de crendice
Não sendo nem um pouco medíocre
As horas vão passando
E o cansaço vai despertando
Em segundos há de se envolver
Em sonhos sem enlouquecer
Um dia poderá seguir seu caminho
Sem rumo, ou proibições
E mesmo que não haja um ninho
Será alvo de interpretações
No vagar das letras se esconde
Sentindo apenas emoções
De uma poesia sem razão
Nem ao menos sabe se corresponde
Algum coração cheio de paixão