ALMA
(Por Érica Cinara Santos)
Quero, de meu, o olhar sobre as profundezas
Do que é parte intangível de mim
Quero enxergar onde albergo as miudezas
Do que vivi, tive e senti
Quero dissipar as insistentes incertezas
Do que se apressa, eventualmente, em me confundir
Quero destrinchar das impressões as sutilezas
Deferindo-me serenamente o fluir
Se é pra seguir a passos firmes e seguros
Donde o presente em suas mãos leva-me ao futuro
Não me furto a brisa leve que traz a calma
Eis que pra ser por todo o caminho leveza e verdade
Donde se extraia do mais íntimo sonoridade
Passo a fazer-me inteiramente alma.