O HOMEM QUE ANDA, REFLETE E SOFRE II

Lembra aquela tarde laranja

aquele dia de sal e cinzas

que por detrás de mesa macissa

o vento, a tempestade e a brisa

com madeixas frígidas e frias

a colorida pena de pavão

fluiu e disse a frequência do saber

de qualquer melindre ou sofrer

de estética e alma de ninfa?

Passou a construir e assumir

para si castelos e utopias?

As tardes laranjas revelam

destinos ou quem sá professias...

Não são lágrimas ou sonhos de anjos

que nos transmite seus tédios de linho,

nos afogando como nos beijos ardentes

em anseios e paixões absurdas

de calores e amores loucos?

A Serra que a mim se eleva

de mim espera a paciência

ou da grandesa de sua potência

haverá de ter minha caminhada?

Nas meditações entre náuseas

ter de haver a esperada chegada,

ou de uma idgna sorte sem expectativas

como covardias e sonhos

ter o incrível sentido da vida e sina?

As bocas das feras se abrem

encurralando em passos e vias

aos momentos de malícias e desrespeitos

que nos mergulham em medos fatais!

Vespas, serpentes e bestas sãos signos

de nossas sociedades e mentes que,

como nos batalhões, às visões e prazeres

vai nos guiando à sociedade sem virtudes!

Ah! O século XX nos disse:

" a líquida sociedade se emerge "

" o ócio, o tédio e o querer "

" o crime, o medo e a vigilância "

" a solidão, a artifialidade e o ódio "

serão os propulsores e as tecnologias

que sinteticamente nos comandarão

para a insensibilidade e esquecidos

de querermos um mundo de paz!

Nas quarentenas e na guarda

proceguir nos calcanhares de caminhdas leves!

agora a necessidade não deve buscar

ligeiros aspectos de ferozes sentidos!

O ser está como em letargia, exausto,

os músculos em febre e abraçam

o dever em mente no qual vigora

calor de vida em fragmentos

de torpe ilusão de uma reflexão sem sentido!