O mal oculto de Hannah Arendt

Tantos Santos chorando

Tantos mal dizeres a esses Santos

Santos que elegeram o coizos

Tanto mal oculto

Tanto mal em Santos anjos de Deus

Nem Lúcifer há de imaginar

O mal do homem do dia a dia

Para defender seu prato de comida

Põem demônios no poder

Deuses que condenam à morte

O mais pobre e os mais frágeis

E os Santos quase anjos

Acham que os famintos

Meros descalços meninos

São os demônios

Que por Deus têm que eliminar

Exterminar como baratas

Os Santos da classe média

E hoje até pobres

Que se acham médias

Daquelas que se acham elites

Das igrejas e congressos

Dos supremos federais

Santos pedestais

Sobre as pobrezas ignorantes

Quê tem o que comer e olhe lá

Seguem as médias

Põe nos seus deuses

Fortes demônios

Que comem a carne

Dos pobres mesmos

Que lhe deram poder

Assim é uma lógica sem lógica

O mal abismal humano

Oculto que Hannah Arendt

Estupefata viu e nos mostrou

Mas eles não veem

Assim como ela previu

Se acham Santos

Ignoram todo mal que causam

Tanto mal sem saber

Pelos pobres direitos

Todos desfeitos

Que massacram idosos e mendigos

Crianças, viúvas e trabalhadores

E mesmo assim glorificam

Odeiam quem os criticam

Pobres mentes podres

Que achando fazer o bem

Condenam à miséria

Não só o seu próximo

Mas também a si próprios