Naufrago
Nada é estável
Nada perdura
Um cansável turbilhão
Dor e amargura
Tudo se apressa, voa
Inconcebível a felicidade
Em tal mundo vazio
Falta-nos humanidade
No fim somos náufragos
Nesse mundo de ilusão
Chegando ao Porto em botes furados
Levados pela maré da ingratidão.
Como um acrobata em uma corda
Nossa vida nada mais é do que o presente
E via de regra, no fim
Como a vela se apaga de repente .
Inspirado em texto de Arthur Schopenhauer.