Mar Revolto
Eu nunca serei poeta,
nem estrela,
nem mesmo aquela mulher moradora de rua...
Serei sempre este mar revolto...
À mercê de tempestades...
Açoitado pelos ventos...
E, em lamentos...
Recolho incansavelmente as conchas das profundezas...
Para depositá-las na areia em noites frias e escuras.
Consumida em nostalgia...
Abraço a melodia...
Que se perdeu num veleiro...
Em meio à névoa da madrugada...
Esquecendo-me aqui...
(Esta sou eu)