Mar Revolto

Eu nunca serei poeta,

nem estrela,

nem mesmo aquela mulher moradora de rua...

Serei sempre este mar revolto...

À mercê de tempestades...

Açoitado pelos ventos...

E, em lamentos...

Recolho incansavelmente as conchas das profundezas...

Para depositá-las na areia em noites frias e escuras.

Consumida em nostalgia...

Abraço a melodia...

Que se perdeu num veleiro...

Em meio à névoa da madrugada...

Esquecendo-me aqui...

(Esta sou eu)

Marissol Yozzeph
Enviado por Marissol Yozzeph em 02/09/2019
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