Costurando os vazios
A vida nada mais é
Que tentativa de preenchimento
Busca-se o que não se vê
Às vezes, distraídos
nos deparamos com um sentimento bom
Um pedaço do paraíso
Fugaz, que escapa
Enquanto tentamos agarrá-lo
A ansiedade por revivê-lo
Se instala a partir de então
A paz do simples contentamento desaparece
Almejamos o paraíso
E nisso, nos jogamos no inferno
E na busca pelo que acreditamos perdido
Costuramos nossos vazios
Certos de que algum dia serão preenchidos