O amor romântico das novelas

O amor romântico das novelas

É mentira boba pra criança

Tão tolas pensam nacionalistas

Acham que racistas são melhores

Quando como vermes ignóbeis

Amam lendas mortas fantasias

Talvez time de futebol, torcedor

Por ele chora, bate e mata

Até irmão, amigo ou namorada

Então bebe e se reverencia

De trair a esposa e sua família

Mulher pra ele é erótico objeto

Como pensa então de sua filha?

Para enfim de joelhos rezar

Na esperança de que Deus

Com seus pecados pactuar

Aos berros defende pena fatal

Mas e se fosse seu filho afinal?

Parece que para esse meio social

Temos que inventar para nós mesmos

Iludirmos achando tudo normal

Fato que dói de forma brutal

A verdade que envergonha

Seu eu escondido num postal

Com brilhoso sorriso e meigo olhar

Quando no dia a dia, triste penar

Assim seguimos sem saber

Que o medo, o ódio e a ambição

São meros frutos de nossa imaginação

Que se dessas nuvens se esquiva

Surge lenta e inexorável

A mente livre e inabalável

Que por si só e apenas

Sem pastores, padres nem doutrinas

Só com a lógica pura e irrestrita

Com fatos claros e palpáveis

Você senhor do seu eu

Não mais escravo de falácias

Que até então em sua mente reinava

Mas agora clara e pronta

Sabes que não sabes

Mas deste ponto é que parte.