UM DONO A MAIS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio

A UM DONO A MAIS - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros

A poesia que me dou, nunca me basta...

ela me afasta do meu próprio sofrimento,

meu pensamento se renova no momento

em que a dor do sofrimento é mais nefasta.

O sentimento não precisa de arremate,

razão nenhuma nos incita à rebeldia,

porém se a mágoa nos põe fora de combate,

nosso resgate vem em forma de poesia.

O medo arrasta a solidão durante a queda

da esperança, para dentro do abandono,

mas o amor é alegoria que se enreda

na emoção de um coração que não tem sono.

Por um momento, o riso veste-se de pranto,

se há desencanto, é necessária a abstração,

que Inventa sonhos, ensaiando um novo canto

sob a regência de uma nova inspiração.

É assim que um verso faz da página, o caminho,

no desalinho de uma ideia que se enfeita,

porque ela é feita do motor que faz... sozinho...

o burburinho da emoção que a deleita.

A poesia que me dou é minha tua... veste-lhes roupas adequadas para a festa

da emoção... pobre de mim, torno-a nua

e se a releio, a solidão é o que me resta.

Porém se a tenho por perfeita companhia,

nunca estou só, porque nas horas de abandono,

é que eu confesso a esta amiga, a alegria...

ou a tristeza de ser dela... mais um dono.

Às 19h e 48 min do dia 28 de julho de 2017 do Rio de Janeiro Brasil

...

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 27/08/2019
Código do texto: T6730793
Classificação de conteúdo: seguro