Ritual pretensioso
A morte não me assusta
Pois eu sei que é coisa certa
Sigo então de mente aberta
Na inconstancia do viver
Mas na certeza de saber
Que precisamos sonhar
E dessa forma, "alimentar"
A alma que habita o ser
Desde muito, ouço falar
Que para uma boa vivência
É preciso ter paciência
Não sonhar com o futuro
Pois o pialo pode ser duro
Se o destino lhe frustrar
E acabam por sofrenar
Os seus anseios mais puros
O futuro não nos concede
A certeza do despertar
E na intenção de acordar...
Contrariando o que foi dito
Sonhando um sonho bonito
Pra um "depois" que não é seu
E ao se dar conta, percebeu
A pretensão seguindo um rito
Carrego junto do peito
Estes anseios de humanos
Que seguem fazendo planos
Mesmo pra um futuro breve
O tempo que nos persegue
Não vai abrir exceção
E segue nos dando tirão
Sem questionar quem merece