INCIDÊNCIAS
Céu nublado – Rios do éter.
Gaivotas em ziguezague – Mar!
No olhar do homem taciturno,
O indivíduo carente de si mesmo.
As florestas ciciam sobre os ventos,
As cachoeiras dormem ao relento
E as águas invadem o bálsamo
Da inspiração que chora azedume.
Brisas aeróbicas trazem o néctar
Do silêncio e da sorrateira paz...
O mundo respira bélicas agressões
Diante das prisões fantasmagóricas.
Ouvem-se ruídos de meteoros no ar...
No rastro das estrelas, sombras de luz
São a penumbra dum tempo deserto,
Chama que arrola sentimentos puros.
Ocaso, renovação da natureza tensa
Perante os astrolábios da imensidão...
No abraço térmico das tempestades,
Uma incerteza negra, fogo fátuo denso!
DE Ivan de Oliveira Melo