NOSSA CASA PROVISÓRIA
A terra pede socorro.
Não há tempo para autorregeneração.
Ainda falta ao homem, essa noção.
Mesmo que não soframos os reveses,
Mas os filhos dos nossos filhos sentirão.
A terra que tanto esquenta
Os rios que se avolumam
As vidas do fundo do mar
Que sofrem e se ‘espumam’.
A densa floresta caída
E o homem de ‘casa erguida’
Não pensa no amanhã.
Só cuida da sua vida
E se esquece da terra sã.
Que cada morador se acorde
E do terrível apocalipse se recorde,
Pois o mínimo de mudança no planeta
Pelos atos insanos que se cometa,
Nós não evitaremos que transborde.
Deus nos colocou aqui
Para fazer florescer e fluir,
Mas quanto mais culto
Mais pronto a destruir.
A terra pede socorro.
E antes que desmorone o morro
Olhemos pra ela
Pois, é justamente D’ela,
Que retiramos a vida.
Ênio Azevedo