ÁFRICA NUNCA MAIS
ÁFRICA NUNCA MAIS
A melancolia, essência, vivência
Da maternidade dita humana
As mães vão embora logo, logo
No primeiro vagido do estranho
Que chega de suas entranhas
Elas não param de pari-lo
Atentas às tribos que crescem
Não podem explicar o filho
Suposta mente o protegem
O exótico rebento fora da urna
Atento deseja fazer sua história
Fazer o melhor que dela poderá
O Alien chegou das tripas
Das selvas sobrenaturais
Entranhas piores que parecem
Perecem em seus ancestrais
O forasteiro nasce, surge
A possibilidade de sua jornada
O exótico encarnou, saiu
Rebentou amarras amnióticas
Quatro quilos e setecentas grs.
Logo mostrou amor
Amor à 1ª vista. A mãe limpou
A fralda cheia de cocô
“Não gosto dessa coisa”
Pensou o recém-nascido
Terei de com ela conviver
Ver aqueles seres orgânicos
Fazê-las: fezes, bodegas, lia
Não têm como nem porquê
Parar de fazer, fazer, fazer
Mãe, faça algo: pare com isso
A prática do cagar, dejetos
Todos os dias: dia a dia
O sol nasce, horizonta-se
Nessa estrada da morte
Nasceu o bizarro bebê !!!