ÁFRICA NUNCA MAIS

ÁFRICA NUNCA MAIS

A melancolia, essência, vivência

Da maternidade dita humana

As mães vão embora logo, logo

No primeiro vagido do estranho

Que chega de suas entranhas

Elas não param de pari-lo

Atentas às tribos que crescem

Não podem explicar o filho

Suposta mente o protegem

O exótico rebento fora da urna

Atento deseja fazer sua história

Fazer o melhor que dela poderá

O Alien chegou das tripas

Das selvas sobrenaturais

Entranhas piores que parecem

Perecem em seus ancestrais

O forasteiro nasce, surge

A possibilidade de sua jornada

O exótico encarnou, saiu

Rebentou amarras amnióticas

Quatro quilos e setecentas grs.

Logo mostrou amor

Amor à 1ª vista. A mãe limpou

A fralda cheia de cocô

“Não gosto dessa coisa”

Pensou o recém-nascido

Terei de com ela conviver

Ver aqueles seres orgânicos

Fazê-las: fezes, bodegas, lia

Não têm como nem porquê

Parar de fazer, fazer, fazer

Mãe, faça algo: pare com isso

A prática do cagar, dejetos

Todos os dias: dia a dia

O sol nasce, horizonta-se

Nessa estrada da morte

Nasceu o bizarro bebê !!!

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 10/08/2019
Reeditado em 10/08/2019
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