Desigual

Tarde cinza, tarde preta

Lá vem os jovens de muletas...

As mamonas que embaçam a vista

Sou a prova viva de que existe vida

Neste plano de miseráveis...

Igualo-me aos iguais

Na medida em que me sinto desigual

Parafraseando marioandradiano.

Tarde brotando água

E eu só farejo

Caio em devaneio no aguardo da escuridão

Quanto mais varia, melhor.

É a sintonia naturalista

[Hermética aos animais de rebanho]

Na chuva eu me lanço!

Faço a dança da chuva em alusão aos que vieram primeiro.

Cai a noite amarela...

E eu, volto a ser "igual".