Um sinal
nas montanhas mais altas
descansa a sabedoria
das eras
nas árvores mais antigas
mora a paciência
to tempo
no templo do silêncio
as rosas incendiadas
esperam
um sinal
mal vês as faces
que se dissolvem
em torpes enganos
não ouves o estalar
das almas
que se fragmentam
em que espaço bolorento
enterramos a capacidade
de ler além do visível
em que solidão
perdemos a memória
do mundo
o poema chama por mim
no escuro da palavra
no branco do papel
espera
um sinal
Helenice Priedols