Em paz com Deus
Acostuma-se com o tiquetaquear das horas
Com solidão adentrando cômodos da casa
Com a falta de vaidade, e a simplicidade...
Faz tão bem, que em todos os dias, revigora
E a alma levita entre aspereza, falta de asas
Entre uns e outros, e tantos tontos que vejo
Já disse que a vida pode ser bem mais leve
Mas, não acreditam, seguem, gritam, agitam
Bandeiras desnecessárias, cores em azulejo
Pintam, bordam, e tudo derrete, feito a neve
Queimam emoções, sol escaldante de ideias
E a vida; senhora maltratada; finda do nada
Com pesar e com peso, seres não são ilesos
Agasalhe a alma com amor, use luvas, meias
Tranquilo e em paz com Deus nessa estrada.