DE BANDEJA
Não serei o cardápio
No muito um garçom.
Digerirás um banquete
De efêmeras horas.
Como dizes tão bem
Sou-te sempre igual.
Servirei-te outro prato
Cuja receita é só tua.
Beba seu vinho novo
Até esquecer de tudo.
O que mais te importa
Se a sobremesa acaba?
É pedir por fim a conta
Com muita satisfação.
Sair sem mais pedidos
Deixando-me o troco.