NUM CABIDE
Num cabide a minha vida pendurei.
E quem eu sou? Hoje já não sei!
Com tanta poeira, sujeira impregnada.
Traças traçam amarelados tecidos,
nos fios furados, quadros coloridos;
distorcidos traços d'alma pincelada.
Num cabide, moda, incomoda, serei,
influenciado pelo que lá acomodei?
Ou seguirei caminho, roupa ignorada...
Serão aprendizagens os fatos ocorridos,
em amor tecidos, porventura amortecidos!
Aquele cabide não esquecerei por nada.
Jonnata Henrique 20/07/19