Entre o minuto de um tempo
 
Há um prelúdio que enfada a calma
No sopro do vento o soluço se entrega em lágrimas
E em deslizes a serenidade se envia sem aviso à face perdida,
 
Telas abstratas tranquiliza a alma que peca
Paisagens inspiram o descanso em entusiasmo ao sono,
Redes em teias confundem o casto em seu silêncio,
Sorrisos que exalam fumaças escuras
Levam a paz do corpo que descansa,
 
Onde repousa o vulto que corrompeu a sede da vida?
Intruso que espreita na estrada que leva ao horizonte
E esconde a trilha que deriva nas ondas da áurea,
 
Um caminho a seguir,
Um destino a chegar,
Uma vida nova compartilhar...
 
Brusco o desgaste que enfraquece os passos
Não toma minha vontade ao alicerce de teus presságios,
Deita-se em tua agonia que sobra em lágrimas de amarguras,
Deixa que o peregrino contemple o final da jornada,
 
Descalço podemos atravessar a ponte de madeira,
Vencer o rio e resignar-se no outro lado da margem,
Não há correnteza abaixo dos pés que não desistem,
Nem devaneio na neblina que esconde o olhar perdido...
 
Inspira-me oh belo sol que reflete bela luz sob as águas,
Banha-me em sereno oh chuva que rega a relva,
Abraça-me em teu lençol oh vento que protege,
E assim o beijo do tempo será permitido a meus anseios,
 
Rabisco meus pensamentos em linha desse tempo
Que seja escrito em alegrias presentes
E que se apague o odor da amargura a deixando ausente...
 
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 17/07/2019
Reeditado em 17/07/2019
Código do texto: T6698380
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.