A CAIXINHA
Não é caixa de papelão,
Nem plástico ou madeira,
Nem de aglomerado, então.
Muito menos verdadeira.
Porém, se mantém a gerações.
Pois, ela muda, é dinâmica.
Sofre variáveis transições.
Mas, sempre quer ser hegemônica.
Varia de acordo com o tempo, lugar,
Sociedade predominante, economia,
A política que se faz imperar,
E sobre todos quer manter soberania.
A sociedade nos cria para vivermos,
Dentro dessa caixinha, sem opção.
A maioria se subjuga, nos termos.
Aceitando aquela limitação.
Com certeza, da caixa é difícil fugir,
Mas, foram as pequenas aberturas,
Que nos ajudaram a evoluir.
Passo a passo, ávidos fizeram rasgaduras.
A mulher conquistou muitos direitos,
E com isso começou a ter voz.
As crianças deixaram de ser objetos,
E agora são pessoas como nós.
Mesmo com toda evolução,
Muitos preferem seguir a tendência.
Não lutando contra a imposição,
Não se libertando, pela inconveniência.
Se você tenta uma fresta abrir,
E ter sua própria opinião,
Muitos vão olhar para ti,
Julgar, e te ignorar sem perdão.
Mas, se você consegue continuar,
E não desistir de da caixa sair,
Vai surgir aqueles para contigo caminhar,
E juntos conseguiram se sobressair.
Não seja uma ovelha seguidora,
Pois o importante é sair da caixa,
Dos sonhos e metas ser investidora,
Se impor, e não aceitar cabisbaixa.