Derradeiro Poema
Serei eu poeta então!...
Terei descoberto a razão
que trouxe-me ao presente
encarne!...
Mas que besta razão escrever versos
num mundo adverso a sentimentos.
Terei perdido meu tempo, confundido caminhos,
ouvido e seguido o vento, quando assobiando
melodias instigou-me a escrever poesias...
Fazer o que!... Pelo andar da carruagem, depois de tantos paradouros,
resta-me ao destino o derradeiro poema,
quando guardada a carruagem,
descansarão os cavalos
e sairei de cena...