O POETA QUE SOU

Sou poeta displicente

meu verso é triste

e minha rima é pobre

mas o que em mim floresce... é permanente

o que rabisco é profundo e inconsequente

e por assim se debulharem

os grãos de minha colheita

não haveria arado nem tratado

que em mim frutificasse.

Minha poesia é resto

como a espuma do mar

que é o que fica

após o rugido e quebrar das ondas.

Em mim há tristeza e alegria

para a alegria, o vinho e o riso

para a tristeza, só me resta a poesia.

Joiarana
Enviado por Joiarana em 05/07/2019
Código do texto: T6689226
Classificação de conteúdo: seguro