Anda, anda e anda
A gente anda, anda e anda,
Se não fosse russo, seria menos belo?
Não, não seria! Mas talvez não seria lido,
Aqui todos lhe enterram.
A gente anda, anda e anda,
Talvez se fosse uma criança,
Ou talvez só fosse um canto delas,
Daqueles sem sentido, seria lembrado ao eterno.
A gente anda, anda e anda,
O que fazemos em festança,
Salvo algumas vezes, raras não são as vezes,
Que nos dias que se seguem, roem-nos as cabeças,
Machucam-nos os sentidos.
A gente anda, anda e anda,
Enche-nos de esperança o desejo oscilante,
Apesar do destempero marcante,
Ainda a graça é andar e viver.