AFÃ
Derreteu-se meu último verso
Da mais fria poesia
Desfez-se em goles abjetos
Do que sobrou das emoções
Dissolveu-se meus controversos
Dobradas as folhas caídas
Destaquei a despedida
Desfalecendo corações!
Plantei a derradeira semente
Posta na aridez da inspiração
Publiquei em nuances dementes
Paridas no afã da demência
Pruridas de todos os ventres
Petrificando a tentativa de um hiato
Pulsando e emudecendo em derradeiro ato
Pelos confins de toda existência!