Mors, Vita, Mors
"Entre crenças carregadas, fronteiras adentradas
Arruinada diante as vontades, o desejo impulsionador
De vida criativa, das paixões prisioneiras banidas.
Do anseio vívido, o profundo primitivo adormecia,
Em lentos passos senescentes, Tânato perseguia.
Mantinha o semblante límpido, mascarada
Das verdades absolutas, das feridas cicatrizadas.
Os amores foram perdidos e os egos feridos,
Os sentimentos foram ceifados e amaldiçoados.
A alma tomou-a infértil de afeição.
Ao perceber aqueles joviais olhos, despertou
A autenticidade fictícia em amor lacaniano.
Lascívia mundana, sedução pecadora, a culpa
Renascendo então uma nova cerne sem escudos
Desconfortavelmente vulnerável ao elixir proibido.
No tocar da pele, a energia vital refluía
Trazendo a euforia temporária motivadora
Corrompida pela subsequente aversão moral
Punindo-a como metáfora da Lótus em lama
Antes mesmo de ressurgir e florescer, desvanecia."