Penso, logo existo
Cavalgo sobre o silêncio a pensar
De passos calmos
Cuidadosamente pisoteio pé frente a pé
E corto em feição o ar
Partir daí a existência penetra em minha mente
Passo então
A existir.
De verdades fez-se mentiras
De Mentiras fez-se o amar
E desfez-se do muito ao pouco
Até a inocência jogar-se ao mar.
O cheiro falso de pureza
A pele esconde toda a sujeira
Até a própria melancolia teme
A morte dá bezerra.
Mas não somente!
Tens ainda de se deparar com a dor
A adormecida vontade de pensar
Viver é complicado demais...