REFLEXÃO
AMPULHETA
Esvai-se a fina areia, que, escorre de cima a baixo...
Lentamente escorrega na ampulheta do tempo...
Relógio da paciência tira areia do Norte, e, a leva para o Sul
Num movimento calculado, e, inexorável!
Areia de um tempo, que, passa e perpassa vidas...
A umas, privilegiadas, e, outras afundando na “movediça”
Do tempo, que, traga esperanças e felicidades...
Ampulheta do tempo faz correr, e, escorrer lembranças
Inóspitas, e, outras nem tanto... Porquanto, nas expectativas
São areias, que, se movem e deixam-se mover às
Profundezas levando consigo o vivente clemente!
Areia implacável!...Tem na ampulheta a armadilha temporal...
Sorrateira, sem ponteiros, vaza imperceptível a sensação
De um tempo misterioso, e, encerrado entre duas ampulhetas:
“A de cima e a de baixo”, como duas dimensões, que, somente
O seu paciencioso movimento até picotar a espoleta, na
Consumação do seu tempo a escorrer, escorrer... Escorrer...
E, boooooommmm!... Ela termina o ciclo de um tempo clemente!
Jose Alfredo