DESTINO
O Destino não me conhece.
Não trouxe suas chagas
E bençãos à minha face,
Aos meus pés.
De longa data,
Conhecido estranho
Para quem nele deposita
Fé.
A veste mais garbosa
Do injustiçado Acaso,
Da quista intervenção dita Divina,
Da previsível Ação Humana.
Alicerce de covardes,
Esperança de desiludidos,
Meta de sonhadores,
E fartura de cínicos.
Uma miragem,
Que não alcança aos olhos
Daqueles que desconhecem
A sedução da utopia.