DESTINO

O Destino não me conhece.

Não trouxe suas chagas

E bençãos à minha face,

Aos meus pés.

De longa data,

Conhecido estranho

Para quem nele deposita

Fé.

A veste mais garbosa

Do injustiçado Acaso,

Da quista intervenção dita Divina,

Da previsível Ação Humana.

Alicerce de covardes,

Esperança de desiludidos,

Meta de sonhadores,

E fartura de cínicos.

Uma miragem,

Que não alcança aos olhos

Daqueles que desconhecem

A sedução da utopia.

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 20/06/2019
Código do texto: T6677520
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