APRENDIZ

Das coisas que vi

Nada se mostrou tão logo

Tudo pensei ter dois lados

Nunca me fiz de rogado

Tudo o que vi foi pensado

Nada me cruzou ao largo

Tudo guardei de algum modo

Das coisas que fiz

Nada me foi tão pouco

Nada ficou suposto

Ao tempo exposto

Cada lado do rosto

Queimou em janeiro

E gelou em agosto

Das coisas que vivi

Nada me disse nada

Nada foi por acaso

Nada restou perdido

Vivo, não só existo

Tudo é procura e insisto

Busco caminho e sentido

Antonio Augusto Biermann Pinto
Enviado por Antonio Augusto Biermann Pinto em 19/06/2019
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