APRENDIZ
Das coisas que vi
Nada se mostrou tão logo
Tudo pensei ter dois lados
Nunca me fiz de rogado
Tudo o que vi foi pensado
Nada me cruzou ao largo
Tudo guardei de algum modo
Das coisas que fiz
Nada me foi tão pouco
Nada ficou suposto
Ao tempo exposto
Cada lado do rosto
Queimou em janeiro
E gelou em agosto
Das coisas que vivi
Nada me disse nada
Nada foi por acaso
Nada restou perdido
Vivo, não só existo
Tudo é procura e insisto
Busco caminho e sentido