Medo
Sinto medo.
Tenho um gosto meio amargo na boca.
E mais alguns cigarros,
E copos quentes de bebida,
Nada parece mais fazer sentido.
Não faz.
Tenho um pouco de receio.
E uma fuga que insisto em comparar a resistência.
Tenho um pouco dos dois.
Tenho medo das vezes de olhos fechados e palavras mudas que saem.
Não saem.
Existem dúvidas claras quanto ao jogo que nos joga.
E todas as peças boas estão quebradas.
As regras estão quebradas.
Somos parte daquilo que não quereríamos, outrora.
Comecei a nos sabotar há alguns copos atrás.
E mais alguns outros nos levam ao poço.
Não seremos.
Estou prestes a me entregar aos punhados de enganação