DEBAIXO DA ARVORE FRONDOSA

DEBAIXO DA ÁRVORE FRONDOSA

A poesia,

quando quer

se revelar pra mim,

me pede

que tire antes,

uma soneca debaixo

de uma árvore

frondosa.

Ela acha

que dormindo,

sentindo a fresca

amena da tarde,

os versos,

livres como pássaros

canoros,

podem cantar

árias angelicais.

Vem das frondes

das árvores,

então,

o canto sutil

da poesia campesina,

que derrama

os seus versos

em meu sono vespertino.

A poesia, assim,

em qualquer instante

de inspiração,

vem de fatos, de motivos,

de experiências,

de realidades

carnais e espirituais;

e a soneca

do corpo físico,

sobre a cama ou debaixo

da árvore frondosa,

é apenas

um recurso

da alma do poeta

visitar a eternidade;

e de lá,

trazer a poesia

instantânea,

sugerida

por anjos celestiais.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 16/06/2019
Código do texto: T6674530
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