I N V A S O R
Quando me procurei, não me achei
Não vi meus pés, nem minhas mãos.
Embora isso fosse irrelevante
Deveriam estar visíveis, de verdade!
Quando me procurei como pessoa
No possível labirinto mais íntimo
Também não me encontrei...
Subí a torre, desafiei a gravidade.
Voei sobre o senso comum, a filosofia
Meus olhos, minha mente, o coração,
Nada cobinavam com meu ser em si.
Era como se um ente alheio, estranho,
Um invasor sagaz, dúbio, poderoso,
Tomasse meu íntimo, tudo em mim:
Criatividade, liberdade, inteligência...
E habilmente me deixado dominada.
Não, digo, alterada. Mais: prisioneira,
Manifestando ações outras, distorcidas,
Tornando-me estranha à mim mesma.
Alienada do meu espaço poético, íntimo
Onde a beleza e a feiura em essência,
Onde os conceitos e suas formalidades,
Não possuiam dualismo em sua verdade.
Foi meu primeiro lampejo de consciência:
Exterminar o autor de minha obscuridade.
14:48
16:06:2019
Quando me procurei, não me achei
Não vi meus pés, nem minhas mãos.
Embora isso fosse irrelevante
Deveriam estar visíveis, de verdade!
Quando me procurei como pessoa
No possível labirinto mais íntimo
Também não me encontrei...
Subí a torre, desafiei a gravidade.
Voei sobre o senso comum, a filosofia
Meus olhos, minha mente, o coração,
Nada cobinavam com meu ser em si.
Era como se um ente alheio, estranho,
Um invasor sagaz, dúbio, poderoso,
Tomasse meu íntimo, tudo em mim:
Criatividade, liberdade, inteligência...
E habilmente me deixado dominada.
Não, digo, alterada. Mais: prisioneira,
Manifestando ações outras, distorcidas,
Tornando-me estranha à mim mesma.
Alienada do meu espaço poético, íntimo
Onde a beleza e a feiura em essência,
Onde os conceitos e suas formalidades,
Não possuiam dualismo em sua verdade.
Foi meu primeiro lampejo de consciência:
Exterminar o autor de minha obscuridade.
14:48
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