Poço De Pragas

Subindo morro abaixo

Vejo acima estilhaços

De verdades

De mentiras

De amor

De tudo um pouco.

Carrego por dentro

Um morto.

E correm

Desanimadas mensagens

E caem sobre o mesmo poço

Poço cheio de pragas

Que evaporam ao calor

Sobre o peso dessa gente

A gritar as mesmas palavras

Jogando ao chão o muro

Que não suportou

As mesmas perguntas pregadas

Os mesmos ‘’por quês’’ molhados.

E agora

Resta-me poucas

E ainda sim são tantas

Tantas as palavras

O desenredo se perdeu

Talvez o joguei

No mesmo poço

Onde habitam as palavras pesadas

Onde evaporando ao calor

E trazem as nuvens

Que se formam no céu

Dividindo-se em singulares gotas ao cair

Gotas de mentiras

De verdades

De amor

De

Desenredo.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 16/06/2019
Reeditado em 24/06/2019
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