A chuva

A chuva confusa.

Transtornando minha mente totalmente.

O céu triste pintado de cinza.

Fascina.

Aterroriza.

Nesse momento me alucina.

Atormenta de maneira tristonha.

Então sonha.

A visão na estrada atrapalhada.

Embaçada pelas lágrimas que molham a estrada.

Que escoa pelo para brisa do carro.

Fica turva.

A chuva nesse instante difusa.

Inunda sem piedade as ruas da cidade.

Tão difusa que desnuda minha mente tão inocente.

A chuva diurna.

Tão escura.

Seria noite?

Tão açoite que perfura a minha imaginação.

A chuva obscura.

Que tortura, perturba e não cura.

A chuva ingênua ao mesmo tempo tão feroz.

Deixando trêmula minha voz.

A chuva na estrada que maltrata.

Que mata.

A chuva que cai de forma torrencial como uma nota musical numa melodia de agonia.

Que ironia.

E aquele som irritante e cortante a todo instante do limpador do para brisa.

Avisa do perigo eminente.

A mente entende.

Sente o perigo.

Preciso de um abrigo.

O tempo parece não passar durante toda a estrada.

E retarda a chegada.

O corpo tão cansado e exausto provocado pela tensão de tanta atenção.

Faz bater mais forte o meu coração.

Confesso, rezo e peço Senhor torna meu caminho perto.

(Almeida, M. M. de)

Almeidamel
Enviado por Almeidamel em 14/06/2019
Código do texto: T6673080
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