Asas Magnas
Quão difícil é tirar as vendas
E suportar a Radiância,
O Sol que somos
Quando as vistas vão
Acostumadas a tão pouca luz
Quão difícil é soltar as amarras
Mesmo já frouxas,
Até quando nem mais existem...
Nossas mentes habituadas,
Sequer cogitam deixar os adereços de tantas vidas
É como se lutássemos tanto pela liberdade,
E já livres da camisa de força,
Nos sentissemos nus, desprotegidos...
Deve ser o tal condicionamento,
Preferir o ar viciado das celas
Ao frescor das campanhas floridas
Velhas muletas às Asas Magnas
Rastejar pela lama
A alçar voo pelos Campos Infinitos...