VOLÚPIA DOS FAMINTOS
VOLÚPIA DOS FAMINTOS
BETO MACHADO
Começa a deslizar o solo frágil
Duma “verdade” relativa...
Como eu queria que fosse sem aspas
O monte daquelas “verdades”!!!!!
Desmorona um maciço
Que parecia de pedra.
E cai com o lamaçal das tratativas.
Mas os olhos mais atentos
Já sentiam que as imagens
Não lhes eram muito nítidas.
E os olfatos aguçados revelavam
Que os odres da montanha
De detritos putrefeitos,
Destinados a ferir os desafetos,
Aumentavam com a volúpia
Dos famintos.