FAZ-SE AGORA... MOMENTO DE DESPERTAR!
E então dos carnavais d'outrora pelo qu'eu tanto um dia acreditei
Vede que no chão caíram suas máscaras agora
Do qu'eu tolamente levar me deixara pelas mentiras urbanas
Ou então, por todos me permitia conduzido ser
(para aonde muitos com suas lorotas tanto me levavam!)
Em nome de suas "mentirosas verdades"... verdadeiras mentiras!
E assim fico-me nest'instante a indagar:
Como seria o mundo sem seus adorados deuses?
Como, em verdade, o seria... ausente de seus "inventados" heróis?
E como seria o humano tempo... sem qualquer religião?
Ó pálidas almas, tão entorpecidas por mil engôdos e fábulas!
Por tanto que embalar se deixam
Até cair no sono e não mais se despertar!
E destarte s'encantam pelas mil quimeras que as afagam
A fazer tirar seus pés do chão e deixar suas cabeças nas nuvens...
Ah! Parvos deste prazo!
Na verdade desde o primeiro dia... da idade da razão
E então! quando pois, utilizareis da inteligência que a Vida vos deu?
A não mais ser esta grande e cega manada
(ao que tanto vos permitis ser levados pelas vozes d'outros)
Ó profundo mistério diante desta ingênua submissão à vontade alheia!
E, portanto, eis que a tantas bobagens suas vidas à elas ofertam
(sem nenhum julgamento... sem qualquer investigação)
Tomemos, de imediato, a devida coragem de despertar
Ao que a Vida a todos implora... nest’hora... e sempre
Ao que já por demais se prolonga nosso torpe viver
E sejamos a partir d'agora somente... nós mesmos
Pelo que o mundo, ou sei lá o quê, não quer que sejamos...
(o que deveríamos na verdade ser: nós próprios)
Pelo que o mundo deseja a sermos eternamente seus burros de carga!!!
Faz-se, portanto... hora... de despertar!
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08 de junho de 2019