SEM PRESSA DE CHEGAR AO FIM

Da minha boca soltam-se palavras de amor,

Dos meus lábios desejos ardentes de beijar,

Do meu coração batimentos de muito ardor,

Da minha alma o desgosto de tanto te amar.

Do meu sentir nascem versos de encantar,

Crónicas e contos das verdades vividas,

Vontade indómita de pelas letras navegar,

Ao sabor do vento e das ondas batidas.

Os amores perderam-se no breu da noite,

A lua receosa não quiz ser minha cúmplice,

Fiquei só sem nada nem a tua companhia,

Não quiseste ficar comigo comprometida.

Os meus passos são lentos e muito pesados,

Não têm pressa em chegar ao triste destino,

O meu andar é automático, ao gps da vida

Ligado, para me conduzir pelo meu caminho.

Da vida já nada me é permitido inda esperar,

Tudo que recebi neste curto tempo consumi,

Não resistir ao muito consumo eu consegui,

Fui um desvirtuado sem saber me controlar.

Ruy Serrano - 03.06.2019

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 03/06/2019
Reeditado em 03/06/2019
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