A imagem no espelho ...
A imagem no espelho é também a que te representa, é a que todos vêem quando a ti se apresentam. Ela pode não ser adequada ao que vocé acredita ser, acedita querer ser. Ela pode não corresponder a ideia de você que quer transparecer ao representar-se. Mas é você. Quando te percebo num cenário que me traz informações da sua proximidade, a sua aparência visual é algo que me permite também essa percepção. E quando leio uma escrita sua, ou ouço a sua voz, ou sinto seu cheiro; a sua imagem visual me é montada. Quando tenho uma lembrança sua, ou quando penso em uma ideia de você; essa imagem visual tem sempre parte em todo contexto como uma representatividade concreta da sua existência e da minha experiência com ela.
Sempre que ligo as minhas percepções ao objeto de suas causas, é com uma imagem de você a interação. Isso é também o que te representa.
Essas impressões costumam ser superficiais. E a superfície na maioria das vezes nos enganam a cerca do que há mais adentro. Porque essa bela impressão aparente costuma por vezes ofuscar a visão do eu verdadeiro no interior de si.
As aparências são as ilusões daqui: as percepções enganadas que motivam o pensamento. Identifica-se nas coisas, a sua aparência, e nela se estabelece sem talvez nunca perceber a coisa real.