DO QUE É MEU
(Por Érica Cinara Santos)
E eu que era pequena e triste
Hoje me faço canção
Não canto os dissabores do que senti, do que sentiste
Sou a rosa e o botão
O tempo passou pra nós
Levou-me pesos e mágoas
Cansou-se de me cansar e do escuro fizeram-se os sóis
Inteira navego em minhas águas
Aprendi com esse tempo, que não passou em vão,
Que não caberia a mim ou a ti
Minha tarefa é florir
Ninguém de nós é vilão
Não me ocupo do futuro
Faço-o aqui
O presente me é mais seguro
E dos pesos que ainda restavam já os deixei partir