TINTA

Chove, como chove

Na tarde fria de Quinta

Chove na planta sedenta

Chove na terra faminta

Que chova, também

Sobre os homens

Alguma cor, uma tinta

Que de tão leve e invisível

Nenhum ser humano a sinta

Mas pinte ao tocá-los

Por dentro

Com a tintura mais linda

E assim a secura que temos

Seja para sempre extinta

Chove, deixem que chova

Não parem a chuva ainda

Se vem para lavar nossas almas

A chuva da vida é bem vinda

Antonio Augusto Biermann Pinto
Enviado por Antonio Augusto Biermann Pinto em 28/05/2019
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