Sangue

Cortei os pulsos da ingratidão

O rubro líquido jorrava

Na palma da minha mão

Cortei os pulsos do sentimento

O rubro líquido pingava

No duro chão de batido cimento

Cortei os pulsos da dependência

O rubro líquido escorria

Nos anais da consciência

Cortei os pulsos da esperança

O rubro líquido coagulou

Perdeu toda a pujança.

Só ainda não cortei

E jamais cortarei

Os pulsos da loucura

Pois é seu sangue que

Nos sustenta

Para enfrentar

Esta louca vida dura.

Carmitto
Enviado por Carmitto em 11/05/2019
Código do texto: T6644891
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