EU APRENDI
Eu aprendi que quando uma família se dissolve outra similar aparece. E que por mais que se tente praticar o amor e a gratidão, sua parcela de inocência é deixada ao longo do caminho. E eu sofri demais por coisas que não me preenchiam. Sofri por pessoas que não me preencheram. E chorei tanto que apertou o peito e doeu o coração. Eu que era tão alegre e inocente! Mas aprender é isso: é sofrer, é sentir dor, é se decepcionar. É cair muitas vezes. E todas as vezes se levantar. E caminhar. E seguir. E se renovar. Porque eu aprendi que o amor-próprio é preciso. Ou melhor, é imprescindível. Pois, por mais que quisessem me ver cair, por mais que muitos me quisessem no chão, eu aprendi que cada um dá o que tem e que sou capaz de ficar de pé por ter fé em mim. E aprendi também que há a outra extremidade que o ser humano deve praticar: a humanidade. Mais do que o amor a si próprio, é preciso o amor pelo todo. A humanidade sofre e definha neste mundo porque nos distanciamos uns dos outros. E temos nos distanciado de nós mesmos!
Onde deixamos o amor e o respeito pelo ser humano? Por onde anda o amor e o respeito pela natureza? O amor e a gratidão pela vida estão escondidos em que buraco?
Pois eu aprendi que felicidade está nos propósitos do bem-comum. A gente perde quando a maioria de nós padece.
Eu aprendi que felicidade é estar em contato verdadeiro com a natureza. Aprendi que família é muito mais que pessoas com um grau de parentesco. Aprendi que não posso salvar o mundo, mas que com pequenas boas ações consigo fazer a diferença.
E aprendi que não é fácil viver, porém sigo buscando me lambuzar de vida.
Aprendi que, por mais que eu procure entender um pouco o (universo) que me rodeia, o que eu adquirir de conhecimento e informações é o que vai me definir, uma vez que sempre chegarei à conclusão de que nada - absolutamente nada - eu sei.
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)