Insólito
Se às vezes me inauguro em praias solitárias,
Capricorniano inútil
Gema do poema
Prisioneiro de meu próprio ovo
Mas ouvirei sempre as tuas canções
E todas as noites procurará meu corpo
E que tua casa não é lugar de ficar
Mas de ter de onde se ir
Terei as carícias dos teus seios brancos
Iremos amiúde ver o mar
Muito te beijarem e não me amarás
Como estrangeiro do tempo
Costurando o espaço ponto por ponto
Como perfume fotografado num abraço
Não entenderá o meu dialeto
Nem apreenderam os meus costumes