...e escreveu

Se despediu em silêncio, face entristecida

Fechou a porta e seguiu, passou a ponte

Tudo ruiu; sem roer unhas, beber da fonte

Sem mais sofrer, e nem ficar arrependida

Prometeu desapegar, diminuindo a carga

Que por tantos anos pesara; não sorriu...

Chorou no aconchego da palavra amarga

Das cobertas e naquela noite, não dormiu

Pensou na poesia, em deixá-la adormecida

Refletiu os primeiros reflexos do sol no céu

Como ficariam as flores, as dores, e a vida?

Guardou a tristeza, pegou mais um papel...