SEMEAR OS LÍRIOS DO CAMPO
Na infância, eis delícias da vida doce no paraíso,
Na adolescência estão bons sabores da ingenuidade,
Na vida adulta, eis os rigores da maior responsabilidade,
Na velhice, estão arquivos da sabedoria, no cofre do juízo.
E a consciência dos erros e acertos, que foram cometidos,
Embora foi sempre com as melhores intenções na alma,
Ao menos, até essa pura e sincera percepção acalma,
Com a obtenção dessa paz em todos os sentidos.
Lá se vão oitenta anos de escaladas e mergulhos,
Carregando vicissitudes, angústias e as inquietações,
Mas os grandes esforços sempre têm as compensações,
E a alma agora descansada, fica livre de todos os entulhos.
Eis que agora com os arquivos cheios dessas experiências,
Surge esse momento bem determinado para distribuição,
De tudo isso que foi armazenado no fundo do coração,
Sementes que devem brotar em outras existências.