EFÊMERO AMANHÃ MORTÍFERO
A tardinha o sol se esconde,
Na descrição incontida se despede,
Desperta na noite um mistério pálido:
Ninguém sabe se amanhã vai saber.
Teu ansiolítico noturno é o amanhã,
Sã vítima do calor da tua meninice,
Sua certeza é raio, não sol,
E por ela vaga toda a tua vida.
Confluem-se a razão e a tolice humana,
Neste débil papel que o dinheiro paga,
E esbulha o que de fato é recompensa.
Quem sabe, antes que o tempo acabe,
Veja o mistério que está na lua:
-Reflexo da tua palidez.