EFÊMERO AMANHÃ MORTÍFERO

A tardinha o sol se esconde,

Na descrição incontida se despede,

Desperta na noite um mistério pálido:

Ninguém sabe se amanhã vai saber.

Teu ansiolítico noturno é o amanhã,

Sã vítima do calor da tua meninice,

Sua certeza é raio, não sol,

E por ela vaga toda a tua vida.

Confluem-se a razão e a tolice humana,

Neste débil papel que o dinheiro paga,

E esbulha o que de fato é recompensa.

Quem sabe, antes que o tempo acabe,

Veja o mistério que está na lua:

-Reflexo da tua palidez.

Lara Araújo
Enviado por Lara Araújo em 19/04/2019
Código do texto: T6627697
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