VENTRE EXPATRIADO
Negro,
ventre da África
na América
A pátria que você
pariu
te cospe
te deserda
Negro,
palavra de sílabas
doces e quentes
de mãos e pés
de Tarsila
de belos quadris
que pariu o Brasil
Negra,
rainha dos fonemas
de realidades dissonantes
doídas e impensáveis
Ensina-nos a liberdade!
Solta o teu gemido
imperativo
ordem necessária
expressa no grito
da tua poesia
(Homenagem a poetisa baiana Jovina Souza, professora e militante negra. Sua poesia é um chamado urgente, reflexivo e libertário. Suas palavras são lâminas afiadas, poéticas que cortam, mas constroem um novo olhar)
Negro,
ventre da África
na América
A pátria que você
pariu
te cospe
te deserda
Negro,
palavra de sílabas
doces e quentes
de mãos e pés
de Tarsila
de belos quadris
que pariu o Brasil
Negra,
rainha dos fonemas
de realidades dissonantes
doídas e impensáveis
Ensina-nos a liberdade!
Solta o teu gemido
imperativo
ordem necessária
expressa no grito
da tua poesia
(Homenagem a poetisa baiana Jovina Souza, professora e militante negra. Sua poesia é um chamado urgente, reflexivo e libertário. Suas palavras são lâminas afiadas, poéticas que cortam, mas constroem um novo olhar)