Pensamentos vagos
E agora tudo está tão calmo
É possível ouvir alguns ruídos
Motores de carros, um empilhadeira aqui outra ali
Interessante que utopicamente tudo está tão calmo
Há pássaros voando em círculos
Serão pássaros ou corvos fitando com os olhos
O cheiro que vem debaixo
Desagradável como carniça
O que, então, tem lá embaixo?
Pessoas deteriorando-se pelo circulo social
Construções imensas denotando a riqueza local
E logo atrás disso
Há exuberante riqueza podendo ser vista a olho nu
Contudo, eles nem enxergam
Pois estão com olhos tapados pelo veneno
Da ganância e perfeição ilícita
Atrás de paredões sedimentados
Está a beleza da natureza
Sendo devastadas pelos mesmos torrões
O azul do mar ainda causa magia,
Sensação única que nunca pensei que sentia
Poder estar aqui agora
É como uma bênção
Não estou lá fora
Não faço parte da escravatura
Ainda que solitária e displicente
Vaga por um olhar cansado
Sabendo qual caminho deve tomar
Embora querendo seguir a direção que está
Afoga-se em pensamentos, perguntas sem soluções
Luxuria não é sua meta
Mesmo assim a vida sempre lhe testa
De repente não vejo mais nada
O silencio ecoa outra vez
Será apenas uma tarde nostálgica
Ou uma suplica pela tormenta?