A explicação da existência do tempo.
O tempo não é o tempo, pelo fato do referido ser o instante.
A continuidade do momento, a eternidade do presente.
Portanto, a não existência do passado, do mesmo modo, o futuro.
Com efeito, a única existência, o fundamento do movimento.
A reconstituição de todas as coisas em suas destruições.
Entretanto, o que acontece é a negação das negações, em suas mortes contínuas.
Então, imaginamos o tempo, como se fosse geométrico, todavia, o tempo é a ideologização da geometrização.
O que é a eternidade a não ser a natureza do instante.
Sendo dessa forma, é a paralização do futuro na negação do passado.
Imaginar o tempo em si é impossível, devido a sua inexistência.
Como pensar o tempo sendo, passando, a não ser as coisas reconstruindo.
Entretanto, o tempo não entende as reconstruções a não ser através das destruições.
O tempo é a mecanicidade da negação da própria ideia como percepção do conceito.
Sendo assim, o tempo é o seu conceito não existente.
Pensamos o presente como tempo, pelo fato de ser o momento as reconstruções.
No entanto, a morte é a afirmação das destruições, a continuidade dialética dos antagonismos permanentes.
Edjar Dias de Vasconcelos.